A SPCD é uma companhia profissional de repertório dirigida por Inês Bogéa.
Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) - gerida pela Associação Pró-Dança - é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação já foi assistida por um público superior a 450 mil pessoas em 11 diferentes países, passando por aproximadamente 90 cidades, em mais de 550 apresentações.
Os Programas Educativos e de Formação de Plateia para a Dança, outra vertente de ação da SPCD, vem no movimento da Companhia a cada cidade por onde nos apresentamos encontramos pessoas que apreciam e praticam a arte da dança. Na Palestra Para os Educadores temos a oportunidade de diálogo sobre os bastidores dessa arte; nas Oficinas de Dança, um encontro para vivenciar o cotidiano dos bailarinos da SPCD e os Espetáculos Gratuitos Para Estudantes e Terceira Idade a proposta é de ver, ouvir e perceber o mundo da dança e por meio do Dança em Rede, uma enciclopédia de dança online disponível no site da Companhia, mapeamos a dança de cada cidade por onde a SPCD passa. A Companhia também promove espaços onde interessados na arte da dança possam compartilhar experiências. Assim criou o Seminário Internacional de Dança, que visa abordar a prática da dança em diferentes perspectivas e o Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança, evento que proporciona um ambiente de arte, permitindo um estudo teórico-prático de técnicas de dança.
A dança tem muitas histórias, e para revelar um pouco delas a Companhia criou a série de documentários Figuras da Dança, que traz para você essa arte contada por quem a viveu e pode ser vista nos canais Arte 1 e Canal Curta!. A série conta hoje com 32 episódios: Ismael Guiser (1927-2008), Ivonice Satie (1950- 2008), Ady Addor, Marilena Ansaldi, Penha de Souza, Ruth Rachou, Luis Arrieta, Hulda Bittencourt, Tatiana Leskova, Angel Vianna, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Décio Otero, Márcia Haydé, Sônia Mota, Ana Botafogo, Célia Gouvêa, Lia Robatto, Marilene Martins, Ismael Ivo, Edson Claro (1949-2013), Hugo Travers, J.C Violla, Cecília Kerche, Eva Schul, Janice Vieira, Eliana Caminada, Mara Borba, Jair Moraes, Paulo Pederneiras, Maria Pia Finnóchio e Nora Esteves. Em 2016 a carreira de José Possi Neto será tema de um novo documentário da série. A SPCD também publicou seis livros de ensaios, além de documentários para professores e outros que registram os bastidores da sua ação.
Em 2016 a São Paulo Companhia de Dança apresentará obras marcadas pela pluralidade e conexão com as artes plásticas em uma temporada denominada Jogo de Linhas. Segundo Inês Bogéa, diretora artística da SPCD a ideia que organiza essa temporada parte da percepção da força das imagens na contemporaneidade. “Vivemos hoje em um mundo mediado por símbolos, incorporados à nossa experiência diária. Ao ver um espetáculo de dança o público é convidado a entrar em um novo universo de sensações pelos movimentos dos bailarinos e pela percepção do seu próprio gesto. Os movimentos criam na cena jogos de linhas, de traços e com as cores dos figurinos, zonas coloridas, que se dispersam e se aglomeram. Esse jogo desperta em cada um de nós diferentes percepções de imagens que são transformadas pelo que sentimos e vivemos”, fala Inês.
Serão três criações: uma do americano Richard Siegal, coreógrafo que se vale da interdisciplinaridade entre as artes como princípio estrutural de suas composições; outra do brasileiro Jomar Mesquita, que trabalha no cruzamento da dança de salão com a dança contemporânea e Pivô, de Fabiano Lima, que integra o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros da Companhia. Entre as remontagens estão obras como Suíte para Dois Pianos, de Uwe Scholz (1958-2004) com música de Sergei Rachmaninoff (1873-1943) com remontagem de Giovanni Di Palma e quatro duos: O Grand Pas de Deux de O Corsário (1858), uma remontagem da SPCD a partir do original de Marius Petipa (1818-1910); O Talismã Pas de Deux (1955), remontado por Pablo Aharonian, a partir do original de Petipa; A Fada do Amor (1993) e Carmen (2004), ambos de Márcia Haydée.
Indigo Rose (1998), de Jirí Kylián, espetáculo que ficou em primeiro lugar na escolha do público como Melhor Espetáculo de Dança em enquete promovida pelo Guia da Folha em 2015, ganha apresentação na Temporada de Assinaturas e as noites se completam com obras do repertório Petite Mort (1991) e Sechs Tänze (1986) ainda de Kylián; Gen (2014) de Cassi Abranches; Peekaboo (2013) de Marco Goecke, The Seasons (2014) de Édouard Lock e os clássicos de noite inteira: Romeo e Julieta (2013), de Giovanni Di Palma, e O Sonho de Dom Quixote (2015), de Márcia Haydée. Além das apresentações em cidades do interior do Estado de São Paulo em 2016, a São Paulo Companhia de Dança vai circular por capitais brasileiras e por países como Suíça, França, Canadá e Estados Unidos. A SPCD também lançou a sua quarta Temporada de Assinaturas no Teatro Sérgio Cardoso.
A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.
Hinterlassen sie einen kommentar